Olá Leitores!
Em plena semana de consciência negra, resolvi homenagear o ilustre poeta Castro Alves, considerado o poeta dos escravos.Trouxe até aqui apoesia Mater Religiosa, inspirada nos comentários colocados por leitores em um outro blog que tenho (http://www.ligaderiopardo.zip.net/) é uma linda poesia que fala sobre uma mãe escrava:
MATER DOLOROSA
(ESCRAVO)
CASTRO ALVES
(ESCRAVO)
CASTRO ALVES
Meu Filho, dorme, dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama - o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
Ai! borboleta, na gentil crisálida,
As asas de ouro vais além abrir.
Ai! rosa branca no matiz tão pálida,
Longe, tão longe vais de mim florir.
Meu filho, dorme ... Como ruge o norte
Nas folhas secas do sombrio chão!
Folha dest'alma como dar-te à sorte?
É tredo, horrível o feral tufão!
Não me maldigas... Num amor sem termo
Bebi a força de matar-te a mim
Viva eu cativa a soluçar num ermo
Filho, sê livre... Sou feliz assim...
- Ave - te espera da lufada o açoite,
- Estrela - guia-te uma luz falaz.
- Aurora minha - só te aguarda a noite,
- Pobre inocente - já maldito estás.
Perdão, meu filho... se matar-te é crime
Deus me perdoa... me perdoa já.
A fera enchente quebraria o vime...
Velem-te os anjos e te cuidem lá.
Meu filho dorme... dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
Fonte: http://www.secrel.com.br/
Fonte: http://www.secrel.com.br/
Por hoje é só,continuem registrando seus pensamentos patrióticos.Gde abraço.
Ass. Editor